AS PEÇAS

O que fazem e como escolhemos as peças

PLACA DE VÍDEO ou GPU

A GPU é a unidade de processamento gráfico. Pode estar integrada dentro da CPU ou em uma placa de vídeo dedicada conectada à placa-mãe. Sua função é desenhar as imagens de acordo com as instruções recebidas pela CPU, e enviá-las para o monitor pelas saídas de vídeo.

A velocidade de criação de imagens é a métrica mais usada para medir o desempenho em jogos. Normalmente pelo FPS, “frames per second” em inglês, ou “quadros por segundo”, em português. O FPS serve como uma referência do que se pode esperar, mas vai variar muito dependendo do jogo, da resolução e qualidade das imagens, da versão do driver de vídeo, entre outros. Atualmente usamos o FPS publicado pela TechPowerUp nesta comparação, e calculamos aproximações para as placas de vídeo que não estão ali usando dados de outras publicações.

As placas de vídeo e GPUs são recomendadas usando o custo, e a performance em rasterização em diferentes resoluções. O custo-benefício é dado pela divisão do FPS em 1080p com qualidade alta pelo custo total estimado do sistema dividido por 100 para facilitar a leitura. Isso resulta em um valor FPS por 100 reais por FPS, ou FPS/R$100. Quanto maior, melhor.

Se fizer sentido vamos ter pelo menos uma recomendação de placa de vídeo alternativa de marca diferente da principal recomendada. Ainda não recomendamos as placas de vídeo dedicadas com GPU Intel, pois podem dar muito trabalho para funcionar direito em alguns jogos.

E para quem sabe que vai frequentemente jogar os jogos mais aprimorados para ray tracing, as GPUs nos níveis 6 a 9 da Nvidia são mais recomendadas do que as da AMD. Ainda são poucos jogos bem aprimorados para ray tracing a ponto de compensar a queda de FPS e fluidez, mas esses efeitos negativos podem ser suavizados parcialmente utilizando configurações de geração de quadros e upscaling. Para os jogos menos aprimorados, ou nas GPUs de níveis 1 a 5, ligar o ray tracing normalmente não vale a pena.

CPU

É a unidade central de processamento, onde estão os processadores principais do PC. Ela controla todo o funcionamento do computador, distribui funções para os outros componentes, e trabalha com eles o tempo todo.

As CPUs recomendadas para games são as que na média acompanham a velocidade das placas de vídeo com uma sobra para trabalharem nas outras funções, como as simulações de trajetórias dos objetos. A CPU calcula todas essas variáveis e, de acordo com o resultado, envia para a placa de vídeo as instruções básicas sobre as imagens a serem criadas. Alguns jogos exigem muito mais da CPU do que a média e, nesses casos, a CPU é mais lenta que a placa de vídeo.

CPUs Intel das 13a e 14a gerações que usam muita energia têm apresentado alto índice de degradação e instabilidade e, por isso atualmente não são incluídas nas recomendações.

Overclocking, undervolting e outras configurações avançadas de CPU, não são consideradas nas recomendações por serem potencialmente arriscadas para a preservação dos componentes e exigirem que quem for configurar tenha maior conhecimento técnico. Além disso, para alterar essas configurações provavelmente seria necessário escolher outros componentes diferentes dos recomendados, como coolers e fontes mais potentes, por exemplo.

COOLER

A função do cooler é dissipar o calor da CPU para que ela não esquente demais. Os mais comuns são compostos por dissipadores de metal com ventoinhas para circular o ar dentro deles. Os mais eficientes e silenciosos usam líquidos que esquentam quando próximos às CPUs, e são resfriados por ventoinhas em radiadores montados nos gabinetes.

Cada CPU tem uma necessidade térmica diferente, que varia de acordo com sua arquitetura interna e seu uso de energia. E cada tipo e modelo de cooler tem uma capacidade de dissipação de calor. Os coolers mais simples incluídos nas caixas com as CPUs costumam ser suficientes para aquelas CPUs, mas ficam muito barulhentos quando precisam trabalhar mais, ou estão em um ambiente mais quente. Os coolers com grandes torres de dissipação são melhores e mais recomendados, quando possível. Aqueles que usam líquidos são mais caros e um pouco mais complexos para instalar e manter, mas podem valer a pena pelo baixo ruído, além de serem altamente recomendados para CPUs que esquentam muito.

PLACA-MÃE

É a base do sistema. Distribui energia e providencia a comunicação entre componentes internos e periféricos.

Recomendamos placas-mãe que sejam compatíveis com a CPU desde sua versão de BIOS mais antiga, ou que permitam atualizar a BIOS sem uma CPU, usando um pendrive. Isso evita a necessidade de uma CPU provisória só para a atualizar a BIOS e fazer o computador funcionar. As placas-mãe podem chegar com BIOS mais atualizadas, mas as fabricantes e revendas não costumam divulgar a versão instalada nas placas.

Algumas placas-mãe não são capazes de enviar para a CPU toda a energia que ela precisa, prejudicando a performance do sistema. Essa informação também não é divulgada pelas fabricantes. Felizmente alguns analistas fazem testes bem complexos para identificar as melhores placas-mãe para cada CPU, e usamos estes dados para escolher as recomendações, quando disponíveis.

MEMÓRIA

A memória acumula provisoriamente as informações que precisam ser acessadas mais rapidamente pela CPU, como os dados dos programas, jogos e arquivos abertos.

Precisa ser compatível com a CPU e a placa-mãe. Essa compatibilidade é divulgada nos sites das fabricantes das placas-mãe ou nos sites de algumas marcas de memórias. Só recomendamos memórias que estejam em umas dessas listas.

ARMAZENAMENTO

Na unidade de armazenamento são mantidos dados do sistema operacional, dos softwares e jogos e de todos os arquivos. O tipo SSD (unidade de estado sólido) não depende da velocidade de partes móveis como no tipo HDD (unidade de disco rígido) e, por isso, é muito mais rápido. E o SSD M.2 NVMe é mais fácil de instalar, menor e permite maiores velocidades de leitura e gravação do que o SSD Sata.

A velocidade do armazenamento influencia diretamente o tempo de instalação, inicialização e carregamento do sistema operacional, softwares e jogos. Nestes momentos as informações mais acessadas são gravadas na memória do computador. E quando um jogo rodando precisa de informações que ainda não estão na memória ele acessa o armazenamento novamente. Para todas essas situações, recomendo um SSD M.2 NMVe. A capacidade e a velocidade variam de acordo com o nível da configuração do PC.

FONTE

Recebe a energia elétrica e redistribui para os componentes, especialmente à placa-mãe e à placa de vídeo. A placa-mãe alimenta os outros componentes como CPU, cooler, SSD M.2, memórias, ventoinhas, LEDs, e periféricos USB. Algumas placas de vídeo são alimentadas apenas pelas placas-mãe, enquanto outras precisam de alimentação extra diretamente da fonte. O mesmo acontece com alguns coolers e alguns controladores externos de iluminação e ventoinhas.

A capacidade máxima das fontes deve ser acima da soma da necessidade máxima de todos os componentes, para evitar falta de energia em momentos curtos de pico de uso. A qualidade e confiabilidade da fonte são essenciais para o bom funcionamento do sistema. Uma fonte ruim pode estragar as peças do computador. Preferimos recomendar fontes indicadas por especialistas em avaliar todos estes aspectos técnicos.

GABINETE

Contém e protege todos os outros componentes que são fixados dentro dele. Promove a circulação de ar para ajudar a resfriar as partes mais quentes do sistema.

A preferência é por gabinetes que já venham com ventoinhas suficientes e que tenham a frente vazada para melhorar o fluxo de ar. Com isso evita-se adquirir ventoinhas extras e a temperatura interna dos componentes fica mais baixa sem gerar muito ruído.

Nem todas as placas-mãe possuem conexões para controlar a iluminação do gabinete e ventoinhas, por isso, se o gabinete tiver iluminação, só recomendamos aqueles que possuem controles próprios.